Embarcar em uma jornada para um novo mundo em um ambiente desconhecido pode ser assustador, mas para Marcela, o RBTR não foi apenas uma descoberta, foi um renascimento. Nesta postagem, vamos mergulhar na história dessa mulher incrível, também conhecida como aluna e amiga da Ma-a, que encontrou na dança uma porta de entrada para a autoaceitação e um forte senso de comunidade aqui em Montreal!

Para quem não sabe, Ma é engenheira da computação e mestre em engenharia elétrica, apaixonada por educação e tecnologia. Desde 2010, ela tem se dedicado a ensinar na área de computação, compartilhando seu conhecimento e mergulhando no empolgante mundo da tecnologia. Em 2018, ela embarcou em uma jornada desafiadora que a levaria para longe de casa, até o Canadá, e a transformaria de maneiras que ela nunca imaginou. Junto com esses desafios, veio uma experiência comum que muitos de nós enfrentamos ao embarcar no louco processo de imigração: solidão.

Mas em setembro de 2022, Marcela deu um passo significativo para mudar sua vida ao iniciar as aulas do RBTR. Para ela, essa decisão foi muito mais do que aprender passos de dança; foi descobrir um refúgio onde ela poderia se conectar com a cultura brasileira e encontrar uma comunidade acolhedora nas terras frias de Montreal. Ela também destaca a flexibilidade e a adaptabilidade das aulas, que oferecem um equilíbrio entre técnica e diversão: “O que eu mais gosto no RBTR é como ele se adapta ao que você deseja. Seja diversão, técnica ou relaxamento, há uma aula para todos.“

Sempre falamos sobre como nossas aulas são adaptadas para serem acessíveis a todos os níveis de experiência, e Ma nos contou como isso foi importante para ela: “Comecei bem sedentária... O Guilherme, o instrutor que eu mais vejo, tem um domínio tão grande da coreografia que às vezes ele muda as coisas para torná-la acessível a todos!” Acho engraçado o que a Ma mencionou, porque, para quem não sabe, eu (Priscila Sanches) sou a persona do RBTR: uma pessoa que gosta de dançar, sempre quis aprender, mas nunca conseguiu, principalmente por causa da hierarquia nos estúdios de dança. No Brasil, nem tanto, mas aqui em Montreal, é difícil encontrar um estúdio que valorize a diversão em detrimento do perfeccionismo. Não é nem um pouco a minha vibe! 👀

Perguntei a Ma sobre um momento memorável em nossas aulas, e ela se lembrou da reta final de sua primeira aula no RBTR. “Eu chorei muito,”, lembra ela, enfatizando como a música e o ambiente livre de julgamentos proporcionaram um refúgio emocional significativo. “O Gui sempre cria esse momento depois da aula com músicas que nos tocam. Naquele dia, quando eu criei coragem não sei de onde, pois estava passando por uma depressão, ele tocou a música ‘Amarelo, Azul e Branco’, e eu me lembro muito bem dessa parte da música: ‘Eu vim te mostrar. A força que mantive escondida. Meu coração está aberto, e eu não tenho medo, não tenho medo. Eu canto para viver. Eu vivo o que cantei. Minha voz é meu império, minha proteção’. Eu chorei muito... e foi assim que percebi que o RBTR não seria apenas uma escola de dança para mim!”

[Vou interromper a entrevista para compartilhar algo pessoal com vocês. O que Ma descreveu aqui é exatamente o motivo pelo qual acreditamos tanto no projeto RBTR. Quem me acompanha on-line há algum tempo sabe como sempre gostei de ajudar os outros... mas, de fato, embora receba mensagens diariamente sobre como meu conteúdo sobre imigração/Canadá tem ajudado, nunca pude testemunhar fisicamente esse poder transformador que TODOS nós temos na vida uns dos outros. E agora, tenho o prazer de ver isso todos os dias! Não é o trabalho dos sonhos?! Eu amo muito! Mas voltando à Marcela... ahahahah]

Ma também nos contou como o RBTR ajudou a expandir seu círculo social, criando conexões significativas e encontrando uma família de brasileiros no Canadá. “Quase que por mágica, as pessoas recebem bem os recém-chegados no RBTR. É uma maravilhosa corrente do bem.” Ela também compartilhou como a dança ajudou sua saúde física e mental: “Fisicamente, muita coisa mudou... Mentalmente, sinto-me muito mais segura; a dança ajudou, e continua ajudando, em um processo de autodescoberta, autoaceitação e capacitação.” E o mais legal é que todo o público do RBTR assiste a isso! Quem diria que a Ma, antes uma mulher tímida no canto (sempre pedindo para não ser filmada), estaria participando de nossos vídeos no YouTube?

Vejam como ela está maravilhosa!!!

Para aqueles que estão pensando em ingressar no RBTR, Ma aconselha: “Vá em frente, aproveite a aula em seu próprio ritmo. Interaja com os outros durante a aula e, se tiver um momento, fique depois, interaja com os rabas nas mídias sociais e encontre seu público.”

É incrível ver como a dança não é apenas uma atividade física, mas um meio de autoexpressão e capacitação - e para o pessoal de Montreal, há um bônus adicional de se conectar com uma comunidade acolhedora! Se você estiver por perto, venha conferir! Como você sabe, o RBTR é mais do que uma escola de dança; é um lugar onde todos podem encontrar um senso de pertencimento e celebrar a cultura brasileira, mesmo longe de casa! É o nosso pedacinho do Brasil no Canadá!

E para aqueles que não estão aqui, não fiquem tristes! Com certeza há um estúdio de dança perto de você. SÉRIO, vá em frente! Se eu soubesse como dançar uma ou duas horas por semana seria benéfico em tantos aspectos de minha vida, teria começado antes!

Veja a Ma curtindo o Musa do Verão coreografia:

E, para finalizar, uma mensagem para você, mãe:

Queremos que você saiba que sua presença ilumina nossas aulas e que sua jornada é uma fonte constante de inspiração para nós! Você nos ensina sobre resiliência, alegria e o poder de ser uma mulher forte e capacitada.

É lindo quando percebemos que nossa própria companhia é realmente gratificante - e foi isso que você descobriu nos últimos anos. Você não sente mais a necessidade de convencer ninguém da mulher incrível que você é e se importa ainda menos se alguém não reconhecer isso. VOCÊ SABE QUE É. É evidente o quanto você valoriza seu tempo, sua própria companhia, seu amor e seu valor... É lindo ver como você se tornou seu melhor amigo e o protagonista de sua própria história! Você é um exemplo vivo do impacto positivo que a dança (e um bando de pessoas loucas que adoram sacudir a Raba) pode ter em nossas vidas!

Saiba que seu apoio e colaboração em nossas ideias e projetos nos ajudam a continuar a impactar a vida de mais e mais mulheres que se sentem como a Marcela em setembro de 2022. Por isso, agradecemos do fundo do coração por fazer parte da nossa família Rabas!

Com muito amor, Pri e Gui!